quarta-feira, 4 de abril de 2012

Província argentina de Neuquén cancela concessões da Petrobras


Fonte: O Globo
Autor: Henrique Gomes Batista
Segundo agência oficial do país, motivo foi falta de produção e investimentos

RIO E BUENOS AIRES. A província de Neuquén cancelou na noite de ontem uma concessão da Petrobras. Segundo publicado na Télam, agência oficial de notícias da Argentina, foram canceladas, no total, três áreas de concessão de exploração de petróleo. A área que a Petrobras perdeu se chama Veta Escondida e, segundo a nota, "permanece sem produção, sem comprovação de reservas e sem investimentos suficientes".

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, disse GLOBO ter ficado surpresa com a notícia.
- Fui surpreendida com a notícia. A gente não esperava. Temos relações com a Argentina das mais positivas e estávamos avaliando oportunidades futuras para nossa permanência no país - destacou Graça Foster.

Segundo Graça Foster, a Petrobras estava bastante satisfeita em ter essas concessão.

- Vou esperar amanhecer o dia de amanhã (hoje) para avaliarmos a situação e saber o que aconteceu - disse Graça Foster.

Além da área da Petrobras foram canceladas as concessões de Covunco Norte e Fortín de Piedras, que estavam com as empresas Argenta Argentina e Tecpetrol, respectivamente.
As áreas retomadas ficarão com a estatal local de petróleo. Essa política de cancelar concessões tem se disseminado entre os governos locais do país vizinho.

Representantes da Petrobras não estão em Buenos Aires pelos feriados de segunda passada (trigésimo aniversário da guerra das Malvinas) e Semana Santa e souberam da notícia pelos meios de comunicação de Neuquén e, posteriormente, pela Télam. Segundo fontes da estatal, a Petrobras não esperava a decisão do governo provincial, que integra a lista de seis regiões que recentemente tiraram concessões da Repsol-YPF. A Petrobras foi pega de surpresa. Até a noite de ontem, nenhuma das três havia recibido uma notificação oficial do governo neuquino.

Em março, a presidente Cristina Kirchner pediu à Petrobras que aumentasse investimentos no país. A presidente conversou sobras as operações da estatal brasileira em reunião com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, em Buenos Aires.

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