Fonte: RFI Brasil
O americano Jim Yong Kim foi nomeado nesta segunda-feira presidente do Banco Mundial, anunciou a instituição em um comunicado publicado ao término de uma reunião de seu conselho de administração. Ele substitui o também norte-americano Robert Zoellick, que não tentou a reeleição depois de um mandato de cinco anos.
A única adversária era a ministra das Finanças nigeriana, Ngozi Okonjo-Iweala. Ele felicitou Kim pela indicação, mas acrescentou que o processo de seleção para o posto deveria ser “mais aberto, transparente e baseado no mérito”. O economista colombiano José Antonio Ocampo desistiu da disputa. Países emergentes, como os Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), reivindicam maior representação nos órgãos de decisão de ambas instituições financeiras.
Um acordo informal faz com que as direções do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial sejam divididas entre a Europa e os Estados Unidos desde 1944, quando essas instituições foram criadas, através do acordo de Bretton Woods. Por isso o americano era considerado favorito.
Kim, 52 anos, nasceu na Coreia do Sul, e é médico de formação. Formado pela Dartmouth College, uma das instituições acadêmicas mais respeitadas dos EUA, ele dirigiu o programa de luta contra a AIDS dentro da Organização Mundial da Saúde (OMS) e foi co-fundador de 'Partners in Health', organização sem fins lucrativos que oferece serviços médicos em países como Haiti, Peru, Rússia e Ruanda.
O Brasil anunciou horas antes do anúncio, através do ministro da Fazenda Guido Mantega, que apoiaria a ministra nigeriana. Mantega acrescentou que o governo brasileiro não fará aporte adicional ao Fundo Monetário Internacional (FMI) se as reformas nas duas instituições não avançarem, num claro recado às potências.
Nenhum comentário:
Postar um comentário