quinta-feira, 19 de abril de 2012

Embaixador brasileiro na Argentina discute cotas para carne suína

Fonte: Valor Econômico
Autor:  Luiz Henrique Mendes

O embaixador do Brasil na Argentina, Enio Cordeiro, encontra-se hoje, em Buenos Aires, com o ministro da Agricultura argentino, Norberto Yauhar, para esclarecer os detalhes do acordo que permitirá a exportação de uma cota de 3 mil toneladas mensais de carne suína brasileira para o país vizinho, afirmou ao Valor o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto.

Desde fevereiro, quando a Argentina criou uma declaração juramentada a ser apresentada pelos importadores, as exportações brasileiras de carne suína despencaram de uma média mensal de 3,5 mil toneladas para cerca de 500 toneladas. Até então, a Argentina era o quarto principal destino das exportações de carne suína do Brasil.

Anunciado em março pelos ministros da Agricultura da Argentina e do Brasil, o acordo não prosperou por conta da resistência do secretário de Comércio Interior argentino, Guillermo Moreno, principal responsável pela medida, frustrando os exportadores brasileiros.

Peça-chave para viabilizar o acordo, a presença de Moreno no encontro foi confirmada à embaixada brasileira pelo assessor do ministro da Agricultura da Argentina, Gustavo Alvarez.
O Valor apurou que o governo brasileiro considera difícil a participação do secretário na reunião, especialmente num momento político turbulento no país. Caso se confirme, a presença de Moreno e a efetivação do acordo pode ser considera "histórica", disse uma fonte.

Apesar das dificuldades, o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, disse ontem, em Brasília, que o acordo poderia entrar em vigor nesta quinta-feira. A informação, segundo Mendes, foi fornecida por seu colega argentino, o ministro Norberto Yauhar, na terça-feira, durante reunião do Conselho Agropecuário do Sul (CAS) na Bolívia.

A promessa do ministro argentino, porém, é vista com ceticismo tanto pelo governo quanto entre os exportadores brasileiros. "Só acredito em vigência do acordo se houver comércio. Não adianta prometer data", disse uma fonte. (Colaborou Tarso Veloso, de Brasília)

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