Para incentivar a indústria, capital de giro a taxas de juros mais baixas por meio do BNDES
Em discurso na abertura de uma feira especializada em peças e veículos pesados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse ontem que o governo vai continuar tomando medidas cambiais para garantir competitividade aos produtos brasileiros e que vai estimular bancos privados a baixarem os juros para permitir financiamentos baratos para os setores produtivos. Ele também cobrou investimentos dos empresários do setor. Segundo Mantega, o governo tem ajudado, aumentando o volume de crédito para capital de giro, com taxas de juros menores.
- Talvez o custo mais alto hoje para as empresas seja de capital de giro. As empresas pagam de 25% a 30% de juros ao ano de capital de giro. Estamos oferecendo capital de giro a 10% ou 11%. O BNDES vai ter R$ 15 bilhões para capital de giro. O Banco do Brasil tem um volume de capital de giro elevado e a Caixa Econômica também - disse.
Mantega cobrou que os bancos privados acompanhem o que vem sendo feito pelos bancos públicos e fixem juros mais baixos para investidores.
- Já tive reuniões com eles e eu tenho estimulado os bancos privados a reduzirem as taxas e aumentarem os financiamentos. Para mim, não é importante o que o BNDES ou os bancos públicos fazem. Para mim, é importante que haja financiamento barato, não importa de onde ele vem - disse Mantega.
O ministro afirmou que o câmbio é o fator mais importante na competitividade dos produtos manufaturados brasileiros. Segundo ele, como poucos mercados no mundo têm se expandido, o mercado brasileiro é disputado "com unhas e dentes" e o governo tem que tomar medidas para que ele seja usufruído pela produção brasileira.
- Nós continuaremos a fazer uma política cambial que dê condições para produtos brasileiros. A política cambial não deixará ocorrer uma valorização do câmbio brasileiro. Todo dia, de hora em hora, olho os vários mercados cambiais e, se necessário, tomamos medidas para que não haja valorização do câmbio. Sabemos que esse hoje é fator número 1 da competitividade dos produtos manufaturados brasileiros - disse Mantega.
Perguntado sobre que medidas cambiais o governo tomará, Mantega afirmou que sobre medidas sobre câmbio "não se comenta, se faz".
Segundo o ministro, alguns países, no desespero de exportar a qualquer custo, têm usado práticas não previstas pela Organização Mundial do Comércio (OMC), como subsídios cambiais.
- Estamos reagindo a isso no Brasil. Não deixaremos que a recaída da crise internacional nos afete - disse.
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