Fonte: Agência Brasil
Autores: Daniel Lima, Yara Aquino, Luciana Lima e Pedro Peduzzi
O governo anunciou hoje (4) novas medidas para aquecer a economia
e ajudar a indústria a enfrentar a crise econômica internacional dentro do Plano
Brasil Maior. O governo reforçou ações sobre o câmbio, medidas tributárias, com
a desoneração da folha de pagamento, e estímulos à produção nacional. Foram
destacadas ainda medidas para reduzir o custo do comércio exterior e de defesa
comercial. Outra medida é o incentivo ao setor de informação e comunicações.
Foram divulgadas ainda melhores condições de crédito, por meio do Banco
Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), e condições mais
favoráveis para a indústria automobilística nacional.
Sobre o câmbio, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, declarou que as medidas
terão caráter permanente, incluindo o aumento das reservas internacionais. A
política de aumentar a alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF)
também será mantida para taxar as operações especulativas. Por outro lado, a
taxa básica de juros (Selic), que não tem como objetivo reduzir o câmbio,
ajudará a evitar que os especuladores venham a investir no Brasil para garantir
maior rentabilidade de suas aplicações.
Segundo ele, todas as medidas irão fortalecer a economia brasileira e
garantir a continuidade do crescimento sustentável. Além disso, irão responder
aos problemas que estão sendo criados pela crise econômica mundial.
“Mesmo países como a China estão reduzindo o PIB para 7,5% ante os 9,2% do
ano passado. O Brasil é o único que reúne condições para responder à recaída da
crise internacional, pois entre outras coisas tem mercado interno dinâmico, com
geração de emprego e renda”, disse.
O governo espera um crescimento de 4,5% ante os 3,8% previstos na economia
global. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou hoje
(3) que a produção industrial teve queda de 3,9% em
fevereiro – na comparação com o mesmo mês do ano passado. Analistas e
investidores do mercado financeiro voltaram a reduzir a estimativa de
crescimento da economia, que passou de 3,23% para 3,2% em 2012, segundo o Banco
Central.
Em relação à folha de pagamento, foi anunciada desoneração da alíquota de 20%
do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Em contrapartida, o empresariado
terá que recolher aos cofres do governo de 1% a 2,5% do faturamento. Pelo Plano
Brasil Maior, anunciado em agosto do ano passado, a alíquota era 1,5%, mas nem
todos os setores aderiram.
As novas medidas devem beneficiar 15 setores, principalmente da indústria
intensiva.
Edição: Lílian Beraldo
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