Fonte: Agência Brasil
Autora: Luciene Cruz
A Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior aprovou hoje (25) a criação de
uma nova lista de exceção à Tarifa Externa Comum (TEC) do Mercosul com 100 novos
produtos. Segundo a Camex, o objetivo é tentar reduzir os desequilíbrios
comerciais provocados pelo momento econômico de incertezas em relação à crise
econômica mundial
O novo mecanismo vai permitir o aumento temporário do imposto de importação
“por razões de desequilíbrios comerciais causados pela conjuntura econômica
internacional”. Atualmente, existe uma lista de exceção à TEC composta também
por 100 produtos, que podem ter a alíquota do imposto elevada ou reduzida de
acordo com a necessidade de cada país.
A decisão, no entanto, não tem vigência automática. Para entrar em vigor, a
medida precisa ser incorporada a legislação dos demais países do Mercosul. A
lista precisa ser submetida aos demais parceiros que têm até 15 dias para
contestar.
Segundo o secretário executivo da Camex, Emilio Garófalo Filho, diante da
crise internacional, os países têm buscado alternativas para combater a
“concorrência danosa” dos produtos. “Há uma mudança na conjuntura internacional.
A Europa, em crise, tende a importar menos e a exportar mais. Você tem países
mudando seu comportamento. Recentemente, ouvimos o Obama [presidente dos Estados
Unidos] dizer que quer levar de volta para os Estados Unidos os empregos que
exportou. Todo esse tipo de conjuntura pode exigir de nós essa margem de
manobra”.
A secretária de Comércio Exterior, Tatiana Prazeres, explicou que a decisão
não é definitiva. “É algo pontual para permitir que os parceiros do Mercosul
tenham instrumentos para lidar com a crise internacional atual, dentro das
regras do comércio internacional. São margens de manobras de que dispõe para
lidar com cenário da melhor maneira possível”.
Garófalo destacou ainda que a expectativa é que a lista de produtos
escolhidos seja definida até abril, quando a medida também deve começar a
vigorar. Pela decisão dos países membros do Mercosul, a nova lista de 100
produtos pode ser adotada até 2014.
Edição: Rivadavia Severo
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