Novas sanções incluem embargo de petróleo a Teerã e restrições a círculo de Assad
BRUXELAS. A próxima reunião dos ministros do Exterior da UniãoEuropeia está marcada para a próxima segunda-feira, mas a pauta já está defini-da, segundo declararam diplomatas europeus.
Serão anunciada s oficialmente novas sanções econômicas para pressionar os governos de Damasco e Teerã diante de um cenário de paralisia diplomática quanto à violência armada na Síria e ao desenvolvimento de um programa nuclear suspeito no Irã .No caso iraniano,asn ovas restrições incluiriam, além de um embargo ao petróleo, um acordo “em princípio” para o congelamento dos ativos do Banco Central do Irã.
Embora sequer oficiais, as ações europeias já desperta-ram as críticas da Rússia — a maior aliada de sírios e iranianos,que voltou a advertir contra qualquer tentativa de interferência militar ocidental nos dois países.Além de prometer que, ao lado da China, bloqueará qualquer ação contra ambos no âmbito do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
—Nós não iremos apoia rnenhuma sanção. Encorajar movimentos antigoverno no Oriente Médio e no Norte da África pode causar uma grande guerra não só na região como em países bem longe daquelas fronteiras — afirmou o chan- celer russo, Sergei Lavrov, referindo-se à crise que se arrasta há dez meses na Síria.
A mesma retórica foi usada para defender o regime irania-no. Lavrov insinuou, ainda, que o propósito das restrições ao país não é, conforme anunciado, uma punição pelo programa nuclear:
—São seriamente direcionadas para impactar a economia do Irã e o povo, gerando descontentamento popular.
Em visita a Ancara, o chanceler iraniano, Ali Akbar Sale-hi, tentou minimizar a iminência de novas restrições a seu país — e garantiu que haverá novas negociações nucleares com representantes europeus “em breve, provavelmente,em Istambul”. Mas, na Europa, diplomatas afirmaram desconhecer qualquer iniciativa do gênero.
No caso sírio, a União Europeia decidiu incluir 22 pessoas e oito entidades à lista negra.
Trata-se da 11! rodada de restrições, que já afetam120 pessoas e organizações ligadas ao governo d e Bashar al-Assad—uma tentativa de forçar a queda do regime em meio aos indícios de que uma guerra civi já está em andamento. Ontem, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, endureceu o discurso e disse que o Reino Unido está disposto a comandar os esforços para sufocar economicamente o regime. Ele acusou o Irã e ogrupo xiita libanês Hezbollah de dar apoio a Assad — a quem dedicou termos especialmente duros:
—É um tiranom iserável que está matando muitos de seu próprio povo.
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