Em Brasília, Patriota diz a chanceler da Grã-Bretanha que País e região reconhecem soberania argentina em disputa pelas Ilhas Malvinas
O chanceler brasileiro, Antonio Patriota, disse ontem a seu colega britânico, William Hague, que o Brasil e a região latino-americana apoiam a soberania da Argentina sobre as Ilhas Malvinas.
Durante visita a Brasília, Hague elogiou o poder político do País, mas disse que a posição britânica em relação à ilha não vai mudar apesar da pressão argentina.
"As decisões da Unasul (União de Nações Sul-americanas) e do Mercosul são públicas e não há necessidade de reafirmá-las", disse Patriota depois de ser questionado se o Brasil reitera a decisão do Mercosul, feita em dezembro, de proibir o ingresso a portos do bloco de navios que estejam com a bandeira das Malvinas, em apoio à reivindicação da Argentina. "Hague sabe que o Brasil, a Unasul, diria que até a comunidade latino-americana e o Caribe apoiam a soberania argentina sobre as Ilhas Malvinas", afirmou o chanceler brasileiro. "Apoiamos as resoluções das Nações Unidas que insistem que os governos argentino e britânico dialoguem sobre o tema."
Hague, no entanto, defendeu a posição do governo britânico sobre o impasse, mas disse que a diferença de opiniões não deve afetar a "crescente e produtiva" relação com o Brasil.
Acusação. A Grã-Bretanha acusou ontem a Argentina de "colonialismo" ao reivindicar a posse das ilhas, motivo de conflito entre os dois países há 30 anos. As ilhas ficam no Atlântico Sul e estão sob controle britânico.
Um dia depois de o Conselho de Segurança Nacional discutir a defesa do arquipélago, o primeiro-ministro David Cameron afirmou ao Parlamento que a Grã-Bretanha está comprometida em defender as ilhas e seus habitantes devem ter o direito a decidir a própria nacionalidade.
Autoridades argentinas repudiaram os comentários feitos pelo premiê britânico. / AP e AFP
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