Toulon (França) e Atenas (Grécia) — O presidente da França, Nicolas Sarkozy, anunciou que vai realizar, em parceria com a Alemanha, um novo tratado de reformulação europeu com mais disciplina fiscal — medidas que garantirão um novo ciclo de redução da dívida da Zona do Euro. "Caso a Europa não mude rapidamente, a história do mundo será escrita sem ela", declarou o líder francês, que, na segunda-feira, receberá a chefe do governo alemão, Angela Merkel, em Paris, para elaborar as "propostas franco-alemãs" destinadas a superar a crise que sacode a Eurozona.
Os dois países decidiram unir forças numa última tentativa de evitar o caos na Zona do Euro. "Estamos vivendo uma situação extrema. Precisamos retomar o essencial e, por isso, França e Alemanha militarão por um novo tratado europeu que contenha mais disciplina, mais solidariedade e mais responsabilidade mediante um verdadeiro governo econômico", disse Sarkozy, em Toulon. Na avaliação dele, começa, agora, o ciclo do "desendividamento". Sem proteção Para atingir os objetivos, a cartilha franco-alemã defenderá o corte de gastos e benefícios sociais patrocinados pelos governos da Europa. "Não podemos financiar nossa proteção social como antes, com cotações salariais, quando as fronteiras são mais abertas e temos que enfrentar a competência de outros países com baixos salários. A reforma de nosso modelo social possui uma urgência absoluta", afirmou o Sarkozy em um discurso sobre a crise na Europa. Desde sua chegada ao poder, em 2007, ele realizou uma reforma do sistema previdenciário, mas sofre fortes resistências para realizar a reforma do sistema trabalhista. Na Grécia, milhares de pessoas protestaram contra as medidas de austeridade que abalam o país há dois anos e que devem continuar, de acordo com a vontade do novo governo de coalizão. Ontem, até a metade do dia, a polícia havia contabilizado cerca de 17 mil manifestantes em Atenas e 6.000 em Salonique, no norte do país. "A paciência das pessoas está chegando ao fim", declarou Ilias Iliopoulos, vice-presidente do sindicato dos funcionários Adedy à rádio Flash. Fonte: Correio Braziliense
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
Novo tratado europeu
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