As políticas de substituição de importações do governo argentino estão tornando o país um dos mais protecionistas do mundo.
Em essência, as políticas incentivam a substituição de produtos importados por locais, promovendo assim o desenvolvimento da indústria nacional e reduzindo o gasto com importação. A presidente Cristina Kirchner defende essas medidas como uma forma de criar e proteger empregos locais.
As políticas já causaram proibições temporárias da importação de queijo francês, iPhones, computadores da Apple, carros da BMW e até bonecas Barbie. O governo barrou recentemente um milhão de livros na alfândega para forçar as empresas a imprimir as obras localmente, dizem pessoas a par do assunto.
A Argentina bloqueia ou atrasa frequentemente importações para impulsionar seu superávit comercial e forçar as multinacionais a produzir localmente. A União Europeia reclamou no mês passado que a Argentina estava limitando a importação de cerca de 600 produtos, segundo um relatório da Organização Mundial do Comércio. As autoridades comerciais argentinas não quiseram comentar a questão.
Depois de o governo proibir a importação de smartphones BlackBerry, a Research In Motion Ltd. informou em julho que vai se associar à Brightstar Corp. para montar seus aparelhos na remota região argentina da Província de Tierra del Fuego. A RIM não quis comentar e a Apple Inc. não respondeu a pedidos para uma entrevista sobre o assunto.
"As empresas não estão se queixando muito disso porque a economia está crescendo e elas ainda estão faturando", disse uma autoridade comercial estrangeira.
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