segunda-feira, 12 de março de 2012

Em campanha, Sarkozy defende protecionismo e controle migratório



Fonte: O Globo
 Presidente francês propõe programa de incentivo a compra de produtos locais

PARIS, MADRI, FRANKFURT e BRUXELAS. O presidente francês, Nicolas Sarkozy, defendeu maior proteção às empresas europeias e às fronteiras em discurso de sua campanha à reeleição, em abril e maio, ontem. Ele afirmou que gostaria de renegociar a livre circulação de pessoas prevista pelo Acordo de Schengen e de pressionar pela criação de um "Ato Compre Europeu", referindo-se a uma legislação ao estilo "Buy American" dos EUA, que estimula a compra de produtos fabricados localmente. Ele afirmou que se não houver avanços nesta questão, a França vai aplicar suas regras unilateralmente.

- Quero uma Europa que proteja seus cidadãos. Não quero mais essa concorrência selvagem. Digo não a uma Europa que abre seus mercados enquanto outros não o fazem. Tal comportamento não significa aceitar o livre comércio, significa aceitar ser uma Europa que é uma peneira - disse Sarkozy, que está atrás do socialista François Hollande nas pesquisas de opinião, e afirmou ainda que um sistema de sanções é necessário para controlar a imigração.

Para "lutar melhor contra a imigração clandestina", Sarkozy quer que os países que não controlem bem suas fronteiras possam ser sancionados ou excluídos do Acordo de Schengen.

Na Espanha, mais de cem mil pessoas saíram às ruas para protestar contra as reformas trabalhistas aprovadas pelo governo. As mais de 60 manifestações que ocorreram ontem no país, convocadas pelos principais sindicatos, antecedem a greve geral marcada para o dia 29.

Já Benoit Coeure, integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), afirmou, em entrevista ao jornal japonês "Nikkei", que a zona do euro terá uma "recessão bem leve" este ano e crescimento modesto no próximo. As primeiras indicações mostram que as operações do BCE estão oferecendo crédito para a economia real.

O governo belga chegou a acordo ontem para ampliar medidas de austeridade em 1,82 bilhão, para que o déficit orçamentário fique em 2,8% frente aos 3,8% de 2011. O pacote aprovado ano passado previa cortes de 11,3 bilhões. O governo decidiu também congelar 650 milhões em possíveis incentivos.

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