Brasília (21 de junho) – O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, e o ministro do Comércio da China, Chen Deming, assinaram hoje o Relatório de Divergências Estatísticas do Comércio Bilateral de Mercadorias, durante o encontro da presidente Dilma Rousseff com o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Rio de Janeiro.
O relatório foi feito pelo grupo de harmonização estatística, com representantes dos dois governos, que identificou as causas das divergências entre os números do comércio exterior bilateral.
O documento servirá de base para futuras análises, mas Brasil e China irão continuar a elaborar as suas estatísticas sem alterações. Somente nas análises bilaterais é que deverão ser consideradas as causas identificadas, o que é importante para compreender as diferenças nos dados e ainda para facilitar os diálogos e as negociações comerciais.
Em 2011, por exemplo, o Brasil contabilizou exportações de US$ 30,8 bilhões para a China e importações de US$ 25,6 bilhões, com registro de superávit de US$ 5,2 bilhões. Já pela contabilidade chinesa, as exportações brasileiras para o país foram de US$ 38 bilhões, no período, e as compras brasileiras da China, de US$ 24,5 bilhões, com o país asiático aferindo déficit de US$ 13,5 bilhões.
De acordo com o relatório, essas diferenças se devem fundamentalmente a duas causas. Primeiro, o fato de a China contabilizar o comércio incluindo custos de frete e seguro, enquanto o Brasil não inclui essas despesas. Segundo, o fato de haver comércio indireto, quando mercadorias produzidas na China são vendidas para outro país e, posteriormente, esses produtos são adquiridos pelo Brasil, sendo que a contabilidade brasileira registra a origem chinesa, mas a contabilidade chinesa, o destino referente ao outro país.
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