Fonte: Correio Braziliense |
Estudo apresentado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ontem, durante a Rio+20, aponta que as fábricas brasileiras reduziram o impacto de sua atividade no meio ambiente nos últimos 20 anos, desde a Eco-92, com a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, aumento da reciclagem e maior uso de insumos renováveis. Os dados mostram, por exemplo, que a indústria química reduziu em 47% suas emissões de gás carbônico na última década e que as geladeiras produzidas no país hoje consomem 60% menos energia do que as feitas em 2002. Ainda segundo o documento, apresentado durante o seminário Encontro da Indústria para a Sustentabilidade, 97, 6% das embalagens de alumínio são recicladas no país, um dos mais altos índices do mundo, e a celulose e o papel produzidos no Brasil provêm integralmente de florestas plantadas. PERDA DA BIODIVERSIDADE PREOCUPA O Conselho Internacional para a Ciência (ICSU, na sigla em inglês) preparou uma série de relatórios sobre temas estratégicos para embasar as discussões na Rio+20. São nove documentos, que abordam os seguintes temas: segurança energética, saúde, bem-estar, economia verde, segurança hídrica, segurança alimentar, biodiversidade, governança e riscos e desafios interconectados. Recheados de dados, os relatórios trazem alguns dados alarmantes. Na questão da biodiversidade, por exemplo, o total de espécies de plantas ameaçadas saltou da casa dos 8 mil no fim da década de 1990 para mais de 16 mil no ano passado. Os dados referentes a alguns grupos de animais também preocupam. O total de espécies de anfíbios que correm algum risco de desaparecer foi de cerca de 2 mil para perto de 4 mil no mesmo período, por exemplo. Para acessar as nove edições, em inglês, basta ir ao site www.icsu.org/rio20 e clicar na opção "Policy briefs", no menu à esquerda. ECONOMIA VERDE CONTRA A POBREZA Uma pesquisa divulgada ontem na conferência do Rio indica que uma transição à economia verde pode retirar milhões de pessoas da pobreza e mudar o sustento de cerca de 1,3 bilhão de pessoas que ganham apenas 1,25 dólares por dia. O relatório, intitulado Construindo uma economia verde inclusiva para todos, foi apresentado ontem pela Parceria Pobreza e Ambiente (PEP, da sigla em inglês), rede bilateral de agências de suporte, bancos de desenvolvimento, agências da ONU e ONGs internacionais. "Muitos dos países menos desenvolvidos e dos países em desenvolvimento e das comunidades estão aproveitando a oportunidade para aproximar economia e ecologia para que possam gerar resultados sociais transformacionais", disse o diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (Pnuma), Achin Steiner, ao site oficial da Rio+20. AUSTRÁLIA PROTEGERÁ VIDA MARINHA A preservação dos oceanos e da biodiversidade é uma das maiores preocupações expressas pelos especialistas que participam da Rio+20. Nesse contexto, a Austrália anunciou ontem seus planos de criar a maior rede mundial de reservas marinhas para proteger a vida aquática, com limites estritos à pesca e à prospecção petrolífera e de gás offshore. As novas reservas cobrirão 3,1 milhões de quilômetros quadrados, mais de um terço das águas australianas, incluindo áreas de reprodução e alimentação significativas. O ministro do Meio Ambiente, Tony Burke, e a primeira-ministra, Julia Gillard, confirmaram presença na semana que vem na conferência da ONU. "É hora de o planeta superar uma nova etapa na proteção dos oceanos", declarou Burke. "Essa nova rede de reservas marinhas vai ajudar a garantir que o diversificado ambiente marinho da Austrália e a vida que ele abriga permaneçam saudáveis." |
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Notas da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável
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