sexta-feira, 1 de junho de 2012

Bebidas mais caras

Fonte: Correio Braziliense
Autora: Rosana Hessel

Governo aumenta tributos e preços da cerveja e do refrigerante podem subir 2,8% no DF


O governo publicou ontem dois decretos que, respectivamente, aumentam o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para motos, aparelhos de ar-condicionado e micro-ondas e reajustam a tabela dos impostos (PIS, Pasep, Cofins e IPI) das chamadas bebidas frias, como refrigerantes, cervejas, isotônicos e energéticos. A medida deve causar uma alta de 2,85% no preço desses produtos no Distrito Federal. “Qualquer reajuste acima desse percentual não será de imposto”, ressaltou o subsecretário de Tributação da Receita Federal, Sandro Serpa.


A alíquota do IPI de motos, micro-ondas e aparelhos de ar condicionado nacionais e importados foi elevada de uma média de 20% para o máximo de 35%. A elevação, no entanto, não se aplica a bens fabricados na Zona Franca de Manaus, que concentra 90% da produção desses itens no país.

De acordo com Serpa, o reajuste da tabela passará a ser anual, sempre em outubro. A expectativa é de que a medida gere um incremento de R$ 3 bilhões por ano na arrecadação, a partir de 2013. “Queremos aumentar a arrecadação e aproximar a carga tributária desse setor (de bebidas frias) com a de outros setores da economia”, justificou.

O novo aumento de tributos é mais uma tentativa de compensar a desoneração de 20% da contribuição do INSS na folha de pagamento. A partir de hoje, 15 setores deixarão de ter desconto desse encargo e serão tributados de 1% a 2,5% sobre o faturamento.

Umas das entidades do setor cervejeiro, a CervBrasil se disse decepcionada com o aumento. “O reajuste de impostos federais implicará diretamente em repasse nos preços de cervejas e refrigerantes, o que deve prejudicar ainda mais o volume de vendas, obrigando as empresas a rever os investimentos previstos.”

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