Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio
O uso da rotulagem ambiental como instrumento para fortalecer a marca Brasil e a realização de compras públicas sustentáveis no Cone Sul foi o tema da primeira palestra do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), nesta segunda-feira, na Rio+20. O Brasil é considerado país de destaque no tema por ter coordenado, de 2007 a março deste ano, um projeto de cooperação com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e a União Europeia para capacitar agentes do governo e do setor privado de seis países em desenvolvimento, com o objetivo de aumentar a competitividade de seus produtos e atender às exigências ambientais do mercado europeu.
A experiência de sucesso motivou, este ano, a assinatura de um novo projeto de rotulagem ambiental, novamente coordenado pelo MDIC. Desta vez, o acordo é com representantes do Conselho de Ministros dos Países Nórdicos e com o Pnuma e a meta é promover ações de cooperação regional no tema para países do Cone Sul - Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai. A ideia é desenvolver a rotulagem ambiental na região com o objetivo de contribuir para o fortalecimento das compras públicas sustentáveis.
Para o analista de comércio exterior do MDIC que apresentou a palestra, Antonio Juliani, a rotulagem ambiental tem dois objetivos principais. O primeiro é agregar competitividade aos produtos, principalmente nos mercados internacionais, enquanto o segundo é conscientizar o consumidor em relação à sustentabilidade e contribuir para a maneira como ele escolhe o produto a ser consumido. “Com a rotulagem, ele sabe que está adquirindo algo que ajuda e preserva o meio ambiente”, destacou.
Produtos com rotulagem
O Projeto de Cooperação MDIC/Pnuma/União Europeia, iniciado em 2007, envolveu seis países, que escolheram produtos específicos: No Brasil, papel para cópia e impressão; na China, monitores de televisão; e, na Índia, produtos têxteis. Outros participantes foram África do Sul, produtos têxteis, e México e Quênia, ambos com calçados. Até agora, o Brasil foi o único que cumpriu o objetivo inicial por ter certificado pelo menos uma empresa nacional com o rótulo ambiental da União Europeia.
A empresa que participou como parceira do MDIC no projeto foi a International Paper do Brasil Ltda., com fábrica localizada no município de Luiz Antônio, no interior do estado de São Paulo. A Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa) e a Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABTCP) participaram do projeto na condição de observadoras.
“Para a nova etapa do projeto, que começa este ano, o MDIC estuda a possibilidade de envolver os setores de eletroeletrônicos, calçados e produtos têxteis, dentre outros, para fortalecer a competitividade em mercados globais onde as questões ambientais são fortemente enfatizadas, destaca Juliani.
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