sexta-feira, 11 de maio de 2012

Brasil quer exportar mais para a China

Fonte: Valor Econômico

O yuan chinês se desvalorizou 45% em relação ao real brasileiro e 30% contra a rupia indiana desde 2000, segundo o Instituto Internacional de Finanças (IIF), ilustrando a diferença de competitividade dos grandes emergentes. Nesse período, o yuan se valorizou 30% frente ao dólar americano.

Nesse cenário, uma recente visita de negociadores do Brasil a Pequim, para tentar convencer os chineses a reduzir picos de exportação para mercado brasileiro, não teve avanços - nem surpresas.

"No momento", segundo uma fonte, o que está "prosperando" com Pequim são "discussões" para o Brasil poder exportar mais manufaturados ao mercado chinês.

O Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior (MDIC) fez um cruzamento de dados sobre o que a China importa de manufaturados, mas não do Brasil, e o que poderia passar a comprar de produtos brasileiros.

Antes de ir a Pequim, o secretário-executivo do MDIC, Alessandro Teixeira, disse em Doha (Qatar) que prefere se concentrar em "vender mais" para a China. O Brasil discutiria a redução de barreiras para exportar mais cereais.

Nos fóruns mundiais, a China vem ampliando a pressão por menos protecionismo comercial.

A intenção brasileira, já de um bom tempo, é tentar convencer Pequim a "segurar" certas exportações para o Brasil, como têxteis. Mas a China vem é aumentando cada vez mais as exportações para os emergentes, para compensar a queda das vendas para a Europa. "Os mercados emergentes são cada vez mais estratégicos para as exportações chinesas, o aumento de suas vendas é cada vez maior", diz Mark William, economista chefe para a China da consultoria Capital Economics, de Londres.

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