sexta-feira, 4 de maio de 2012

Camex recebe ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal

Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

O secretário-executivo da Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Emilio Garofalo Filho, reuniu-se hoje com o ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, acompanhado do embaixador de Portugal no Brasil, Francisco Ribeiro Telles, e de outras autoridades portuguesas. A delegação veio falar sobre temas relacionados a investimentos e ao comércio bilateral.

O ministro português destacou que 2012 será um ano importante no relacionamento entre os dois países já que, a partir deste 7 de setembro, terá início, simultaneamente, o ano do Brasil em Portugal e ano de Portugal no Brasil. Paulo Portas lembrou do aumento de investimentos brasileiros em Portugal, nos últimos três anos, e do crescimento das trocas comerciais bilaterais.

De janeiro a março de 2012, a corrente de comércio entre os dois países somou US$ 684,7 milhões, com superávit de US$ 183,2 milhões para o Brasil. No ano de 2011, a soma das exportações e importações de Brasil e Portugal atingiu US$ 2,8 bilhões, com saldo positivo de 1,2 bilhão para o Brasil. Já em 2008, as exportações para o mercado português foram de US$ 1,7 bilhão e as importações brasileiras de Portugal totalizaram US$ 598 milhões (superávit para o Brasil de US$ 1,1 bilhão).

O ministro de Negócios Estrangeiros enfatizou a importância para Portugal do crescimento das suas vendas externas para o Brasil. Em 2011, as importações brasileiras de produtos portugueses cresceu 43,9% em relação a 2010 e, de janeiro a março de 2012, o aumento das compras brasileiras foi de 26%, em relação ao primeiro trimestre de 2011.

Nos três primeiros meses de 2012, o Brasil comprou de Portugal principalmente gasolina (13%), azeite de oliva virgem (12,4%), além de bacalhau e outros peixes secos (5,6%). No mesmo período, os principais produtos exportados do Brasil para Portugal foram óleo bruto de petróleo (46%), açúcar de cana em bruto (18%) e soja (10%).

Durante a reunião, Paulo Portas também solicitou informações sobre o pedido de salvaguarda para vinhos finos, feito por produtores brasileiros. A investigação, aberta em março deste ano, está sendo conduzida pelo Departamento de Defesa Comercial (Decom) da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC. O diretor do Decom, Felipe Hees, que participou da reunião, esclareceu para a delegação portuguesa detalhes técnicos sobre os procedimentos da investigação. O relatório final será submetido ao Conselho de Ministros da Camex, que tomará a decisão sobre a aplicação ou não da medida de defesa comercial.

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