Envolvida em 22,5% do comércio sírio, a União Europeia deve anunciar esta semana novas medidas contra Assad
A União Europeia - parceira em 22,5% das importações e exportações sírias, a maior parte em derivados de petróleo - deve ampliar ainda nesta semana as restrições ao comércio e ao fluxo financeiro com Damasco.
Bruxelas vem congelando contas bancárias e pressionando instituições financeiras. A última rodada de sanções impostas pela UE foi decidida no meio do mês. Mais 18 integrantes do regime, em especial militares, tiveram suas contas bancárias e bens congelados. A lista conta ainda com outras 56 pessoas incluídas em sanções anteriores. Bruxelas também bloqueou os bens de 19 organizações e empresas que manteriam relação com o regime, entre eles o Banco Comercial da Síria.
Os créditos do Banco Europeu de Investimentos (BEI) na Síria também foram suspensos. O orçamento da instituição entre 2007 e 2013 previa uma injeção de € 10,7 bilhões em financiamentos, a maioria projetos de energia, no Norte da África e no Oriente Médio, o que incluía a Síria. Entre 1978 e 2010, o país recebeu € 1,7 bilhão em empréstimos do BEI. Os mais recentes contratos envolviam projetos de eletrificação, infraestrutura urbana e programas de saúde pública, também suspensos.
Os € 6,78 bilhões em negócios anuais europeus com a Síria representam quase o dobro do segundo parceiro comercial do país, o Iraque, e duas vezes e meia o terceiro, a Arábia Saudita. Mais de 88% das importações da UE são derivados de petróleo, o que torna o setor na Síria muito dependente das relações com o bloco.
A nova rodada de sanções envolveria a proibição de que bancos, companhias de seguros e outras instituições financeiras invistam na Síria. A negociação de títulos da dívida soberana emitidos por Damasco também deve ser interrompida.
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