quinta-feira, 9 de agosto de 2012

'Inovação é necessária para países superarem a pobreza'

Fonte: Instituto Nacional de Propriedade Industrial

A inovação é palavra de ordem no mundo econômico há algum tempo, mas sua dimensão social também deve ser considerada - especialmente quando se fala nos países em desenvolvimento. Foi o que destacou o presidente do INPI, Jorge Avila, durante o evento sobre cooperação sul-sul, no dia 8 de agosto, em Brasília. O seminário reúne representantes de 40 países para discutir ações de cooperação na área de propriedade intelectual.

Avila lembrou que a criação de ambientes favoráveis à inovação, com a segurança conferida pelos ativos de propriedade intelectual, são essenciais para aumentar a competitividade das empresas, gerar parcerias para pesquisas e estimular a entrada de novos atores em atividades inovadoras. Isso contribui para gerar emprego, renda e riqueza nos países em desenvolvimento.

- A inovação é necessária para que os países superem a pobreza. E, neste contexto, a propriedade intelectual é uma ferramenta essencial para o desenvolvimento econômico e social - comentou Avila.

Ao falar sobre parcerias internacionais, o presidente do INPI citou o caso do Prosur, projeto de cooperação em propriedade intelectual que reúne nove países da América do Sul. O projeto incluirá ações de cooperação técnica e a criação de um Portal informativo para toda a região, buscando mais agilidade e qualidade aos serviços, além de facilitar o acesso ao sistema de PI na região.

- Neste projeto, os cidadãos da região são os grandes beneficiados - comentou Avila, destacando a importância de estimular os empreendedores locais.

Exemplos brasileiros

Alguns exemplos brasileiros mostram como a propriedade intelectual exerce, de fato, papel importante para o desenvolvimento. Como representante da Embrapa, Filipe Teixeira mostrou como a empresa usa patentes, cultivares e outros ativos para gerar tecnologia adaptada ao Brasil, com foco social, além de gerar parcerias e acessar tecnologias de terceiros.

Por sua vez, a representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI), lembrou que o Brasil está avançando neste processo de valorização da propriedade intelectual e da inovação. Um exemplo disso foi o o lançamento de um programa para difundir a PI na sociedade brasileira, com foco em professores, alunos, empresários e jornalistas, numa parceria com o INPI. O programa inclui publicações informativas sobre o tema e cursos gratuitos - estes já reuniram mais de 118 mil estudantes desde 2010. Segundo Jungmann, o programa está em expansão, e deverá incluir, neste ano, conteúdo para o Poder Judiciário e para os empresários que atuam com exportação.

Além do programa para capacitação dos empresários nacionais, a CNI criou ainda a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo que desenvolveu a Agenda da Inovação no Brasil, cujo ponto central é a propriedade intelectual, inclusive em seu marco regulatório e na modernização do INPI.

- Isso demonstra a importância que o tema ganhou para o empresariado brasileiro nos últimos anos - destacou Diana Jungmann.

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