Fonte: O Globo |
Autora: Deborah Berlinck |
Festa patrocinada pelo Brasil faz economista Nouriel Roubini cair no samba
A reunião do Fórum Econômico Mundial de Davos terminou ontem com a Europa tentando desesperadamente acalmar os empresários - e convencer o mundo de que vai sair mais forte da crise. De Hong Kong ao Canadá, os líderes usaram o último dia para pedir aos europeus que aumentem os recursos de resgate para proteger Itália e Espanha. E pressionaram a Grécia e seus credores a chegarem a um acordo sobre a reestruturação da dívida do país.
- Eu nunca estive tão apavorado como agora - admitiu Donal Tsang, chefe do Executivo de Hong Kong.
Já o presidente do banco central do Canadá, Mark Carney, disse que a crise deve subtrair um ponto percentual do crescimento global este ano. E num dos debates, um jovem empresário europeu que vive na China, deu o tom da visão asiática:
- A Europa acabou e as empresas europeias não valem mais nossos investimentos - disse, segundo a agência AFP.
O fórum de Davos também foi marcado por uma clara divisão entre os que defendem que a solução para a crise europeia é colocar a casa em ordem a qualquer custo - austeridade - e os que dizem que se todo mundo seguir por este caminho, o continente vai afundar ainda mais.
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
Temor sobre Europa marca fim de Davos
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Risco de guerra no Irã causa temor em Davos
Fonte: Valor Econômico Autor: Gideon Rachman |
Uma das primeiras sessões do Fórum Econômico Mundial a ter as inscrições esgotadas leva o nome de "E se o Irã desenvolver armas nucleares?". O risco de um conflito em decorrência do programa nuclear iraniano é debatido todos os anos em Davos, mas desta vez os especialistas e políticos reunidos parecem estar levando mais a sério a possibilidade de guerra. Eles estarão ouvindo com atenção as palavras do vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa de Israel, Ehud Barak, quando ele discursar hoje no Fórum. Os motivos são muitos. Primeiro, acredita-se que o Irã tenha obtido progressos significativos em seu programa de armas nucleares. Especialistas em Irã temem que a tecnologia nuclear seja deslocada para silos subterrâneos protegidos, o que deixaria partes importantes do programa iraniano bem menos vulneráveis a bombardeios. O governo israelense há muito é incisivo em suas exigências por ações para parar o Irã e deixou claro que considera a opção de um ataque militar unilateral. Países do Golfo Pérsico e a Arábia Saudita, no entanto, também expressaram profundas preocupações aos líderes dos EUA e da Europa quanto ao progresso do programa nuclear iraniano. Uma autoridade ocidental descreve os sauditas como "obcecados" com a ameaça iraniana. Sauditas teriam comunicado a seus interlocutores ocidentais que, se o Irã adquirisse capacidade de produzir armamentos nucleares, a Arábia Saudita responderia de imediato também tentando juntar-se ao clube nuclear. A continuidade da turbulência no mundo árabe também aumenta as tensões, pois altera o equilíbrio de poder no Oriente Médio. O mundo árabe sunita teme que a influência iraniana esteja crescendo no Iraque, após a retirada das tropas dos EUA. |
A África do Sul e o Fórum de Davos
Fonte: Valor Econômico |
Autor: Miller M Matola |
Evidentemente, assuntos de natureza política são discutidos em Davos, mas esse não é apenas um fórum político. É um fórum econômico e um espaço também para o diálogo comercial. O desafio que Davos lança aos líderes é pensar de forma criativa e colaborativa com o objetivo de propor soluções práticas para os complexos problemas da atualidade. O tema deste ano em Davos - "A Grande Transformação: Dar Forma a Novos Modelos" - será especialmente relevante para a África do Sul e também para a África como um todo. O mundo vive um período de constante mudança desde o fim da guerra fria e a África está emergindo como um player cada vez mais importante, tanto na economia global como em estruturas internacionais. De acordo com o FMI, na primeira década deste século, seis das dez economias que mais cresceram no mundo estavam na África subsaariana. O fundo prevê ainda que sete das dez economias que mais crescerão no período entre 2010 e 2015 serão da região. Vejamos algumas estatísticas. De acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), na primeira década deste século, seis das dez economias que mais cresceram no mundo estavam na África subsaariana. O FMI prevê ainda que sete das dez economias que mais crescerão no período entre 2010 e 2015 serão dessa região. Da mesma forma, o FMI acredita que em 2011 a África subsaariana tenha crescido a uma taxa anual média de 5,1%, em comparação com a média mundial de 3,9% e a média em economias avançadas de 1,6%. Davos apresenta aos representantes sul-africanos, e de outros países da África, uma oportunidade de mostrar ao mundo essa transformação estrutural e assim mudar a natureza dos debates sobre as perspectivas da nossa região. Essa transformação continua ganhando força devido à estagnação das economias de países desenvolvidos, à crise da dívida soberana na União Europeia, às deficiências estruturais no setor financeiro e atuais crises políticas em muitas economias avançadas. Além disso, o declínio relativo do tradicional poder político e econômico exercido pelo Ocidente e a emergência de novas potências e grupos, tais como as nações Brics, estão mudando a forma como o mundo se define e se relaciona. |
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